Wednesday, April 29, 2009

Mais Travis

O vídeo do outro post não tem muita a ver com minha vida no momento, mas esse tem. Lembro que essa música me chamou atenção, na primeira vez, pelo refrão. Eu estava no carro de meus pais com o diskman passeando por alguma parte do Rio de Janeiro. Provavelmente atravessando o Alto da Boa Vista a caminho da Barra ou de volta para a Tijuca, um passeio que fazíamos todo final de semana.

Enfim, esse refrão é a mais pura verdade: as pessoas são invejosas. Bom para aquelas que percebem isso a tempo de entender que não adianta cobiçar a vida do outro. Certamente você não terá essa vida, e caso tenha não conquistará com mérito e nem será igual. E ainda, ficará insatisfeito... porque o invejoso não se satisfaz em ter, mas em cobiçar. Então, o mais sadio é olhar pra sua e se aceitar. É tão bonito alguém que aceita seu corpo, seu cabelo, seu emprego, sua casa, seu jeito de ser, aquilo que está a sua volta no momento e aqueles que não querem estar a sua volta. Não, não é bonito, é mais do que isso, é digno. ;-)

Mais digno, bonito e qualquer outro adjetivo que transmita o sentido de hombridade, é preocupar-se com o seu mundo. Se é para se preocupar com o outro, vamos fazer de forma responsável, ok? Existem formas legais e o pessoal que levanta a bandeira de salvação do planeta está aí para dar dicas. kkkkkkkkkkk

E se alguém tiver preocupado com a minha vida, já vou dizendo que nem precisa. Anda muito bem obrigada. Já aceitei meu corpo, meu cabelo, meu emprego, minha casa, meus gatos, meu jeito de ser, aquilo que está a minha volta e os que não me querem por perto. Está tudo certo e nada como acordar otimista. Mais ainda, nada como ter Deus ao seu lado pra te sacudir pra vida às 7h da manhã. ;-)

"Let's watch the flowers grow".

Beijo povo! :-)



"That the grass is always greener on the other side
The neighbours got a new car that you wanna drive
And when time is running out you wanna stay alive
We all live under the same sky
We all will live, we all will die
There is no wrong, there is no right
The circle only has one side..."

Diquinha -Travis

Tem um tempo que eu não indico vídeos aqui. Enfim, muita coisa pra fazer, mas hoje eu voltei a ouvir uma banda que eu gosto muito - Travis. Gosto não, adoro. Clipes sempre muito fofinhos, musiquinhas mais bonitinhas ainda (super defnição né? Mas e daí? Definir é menos importante do que sentir a música). The Invisible Man é o álbum que eu mais gosto. Segue um dos vídeos. A letra não tem nada a ver com o meu momento, mas é isso... gosto e gosto muito. Axé!

Saturday, April 25, 2009

Sábado



Nelson Rodrigues uma vez escreveu que o sábado é uma grande ilusão. É o dia que traz o desfecho da semana, quando os acontecimentos parecem não mais importar tanto, ou já assumem um gosto mais sedimentado de passado. Não apenas pela evolução cronológica do tempo, mas também porque o sábado traz suas promessas. A primeira manhã sem abrir e-mails do trabalho, uma tarde no salão, e a noite que será lembrada por todo o domingo, seja por sua magnitude ou pela ressaca que se arrastará ao longo do dia.

Pensando em sábados, semanas, passado e ilusões, é impossível não olhar pra dentro e rever suas próprias atitudes. É inevitável, ainda, não conjecturar sobre a presença dos outros em sua vida. E constatar o óbvio: somos responsáveis por tudo que nos acontece. De um gesto de carinho a um ato de desconsideração, de falsidade, ou ainda de inveja, somos nós os provocadores. Porque não há nada nesse mundo que nos obrigue a abrir olhos, ouvidos e coração. Nós o fazemos pela prerrogativa do livre-arbítrio. E o que vier como conseqüência deve ser encarado assim, como consequência mesmo.

Parece até discurso de quem sabe viver. Não é. É texto de quem reflete sobre a vida com a humildade de admitir que erra. Não me arrependo, é diferente. Eu aprendo e registro em um canto do meu cérebro onde reservo as lições que a vida me dá. Tem épocas em que a vida passa mais deveres de casa, e fica pesado aprender tanta coisa, responder tão rápido às situação de teste. Assim, os erros ficam mais freqüentes.
Aprendi que sou culpa ao mesmo tempo que sou vítima. E que a vida tem a cínica máxima que nos acompanha diariamente, a tal da lei da ação e reação. Ou seja, toma lá dá cá. Mas pra a decepção do alheio, eu me divirto com a ação e reação que a vida me traz.

Porque só se incomoda de fato quem não quer aprender com isso. Não há um ser humano pronto nesse mundo. Se assim tivesse, não estaria mais entre nós. Somos todos imperfeitos e essa é a graça da vida. Quem procura sempre acertar, não age com sinceridade, com alma, com o coração, porque o que nós temos de abstrato é que nos forma humanos. A sensatez, a polidez, a moral não vieram conosco, mas nos foram impostas como forma de autocontrole e de boa convivência entre iguais.

Então, estou aqui, errante. Nada é falso. Tudo é apenas parte de um processo de crescimento e de busca por aquilo que realmente me faça genuína. Sacrifícios são importantes. Extravasar é necessário. Confiar sempre deve fazer parte do repertório, mesmo que as pessoas sejam dotadas de intenções pouco confiáveis. Entretanto, o que é bonito mesmo nessa vida é conquistar confiança. E isso só você mesmo pode fazer com seus atos. Continuo acreditando nas pessoas, na vida, no amor, e é por isso que sigo dessa forma. E não sigo só. A fé me acompanha.

“Viver é desenhar sem borracha” – Millor Fernandes.

Foto: Pôr do Sol na Ilha da Sogra.

Wednesday, April 22, 2009

De volta

Tem um tempo já que eu não apareço por aqui. Muito trabalho, muito pouco tempo pra mim, e tempo demais para o que não me preenche. Na vida, é preciso muito empenho para aprender a viver. É necessário, sobretudo, muito esforço para, ao aprender, não esquecer no meio do caminho. Como diria Shakespeare, "a memória é a sentinela do cérebro". Façamos uso dela.

Viajo daqui a pouco. Estarei no céu, e é sempre bom poder olhar entre as nuvens. Volto a Brasília, uma cidade que sempre me faz muito bem. Acho que não vai dar tempo de fotografar algumas coisas. Vou a trabalho e com a agenda apertada. Enfim, tentarei nas minhas andanças entre uma reunião e outra. E quem sabe eu volte mais inspirada pra escrever aqui. Quando não flui o pensamento, só resta o respeito. Ou como o moço inglês da citação assim diria: "O resto é silêncio".

"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado".
William Shakespeare, de novo. ;-)

Bom resto de semana porque isso aqui já está ficando muito desconexo. :-P

Monday, April 6, 2009

O que se leva dessa vida...



Hoje foi um dia um tanto triste pra mim por alguns motivos. O mais importante de todos foi o aniversário de um ano da morte de Igor, meu primo, lindo, que nos deixou com sua ausência. Outros não valem a pena nem comentar porque eu sigo acreditando que um dia tudo vai ser diferente. Acredito ainda que as pessoas conseguem ter dignidade na vida, por mais imaturas que elas sejam. Então, sigo confiante.

Aí eu resolvi que quero pensar em coisas boas. E me veio a idéia de fazer uma homenagem para esse ser humano que invadiu a minha vida há exatos 11 anos e 19 dias. Como ele mesmo diz, foi entrando aos poucos no meu mundinho seleto de amigos. Chegou com seu jeito "meigo" de ser, gestos espaçosos, caminhar pesado, cara sempre de quem precisa que a vida dê uma reviravolta.



Rodrigo, Rod, Du, Dusha... ele não guarda segredos comigo, mas ainda consegue me enrolar criando situações fantasiosas. Quando eu estou emocionada, me solidarizando com ele, vem impiedoso: é tudo mentira, mas eu queria que fosse assim. Eu xingo, prometo que nunca mais vou acreditar nele até cair na próxima.



Além de poltronas em viagens interestaduais, dividimos muitos momentos. é o meu maior destinatário de 'brigaaaaaaaaaaaaada". É com quem eu me sinto mais à vontade para ser quem eu sou no meu estágio mais primitivo. Sou digna dos seus "copinhos", gargalhadas, ciúmes e gritos. E vice-versa. Já curtimos juntos REM, Foo Fighters, Guns n' Roses, Oasis, Red Hot, N'Sync, Five, Britney Spears, Madonna e Carcacinha no Au-au.



Meu maior parceiro de paródias impublicáveis, esse moço marca presença em minha vida de forma singular. Ligações de madrugada ou pela manhã, apenas para contar o que aconteceu na night aracajuana ou em algum lugar desse país.

Já conquistou o coração da minha família. Ensina todas as gírias a minha mãe, que faz questão de usá-las. Minha madrinha não me encontra uma vez pra não perguntar por ele. Ingrid desaprova seus comentários sarcásticos no orkut, mas já aceitou que ele é minha alma gêmea.



Porque almas gêmeas não precisam se relacionar como homem-mulher. Precisam se encontrar enquanto almas. E nós nos resolvemos tanto que temos medo de ser nosso último contato neste plano. Já resolvemos que vamos criar uma treta ao final de tudo pra resolver na próxima encarnação. Seria muito ruim voltar e não reencontrar esse moço.



E é nessas coisas intensas que a vida nos dá que eu me apego no momento. Uma amizade, uma vida sem prazo pra acabar. Nem aqui, nem em outro mundo. E é quando ouvimos "vá que eu te apóio", que sabemos que estamos indo no caminho certo. ;-)

Tchiamo Duuuuu... agora faz um blog pra me homenagear discarado! E obrigada pelo jantar francês e pelo quarto com arcon. Neste momento está super fresquinho no Mar Egeu. às vezes me pergunto porque não nasci na Noruega.

Wednesday, April 1, 2009

Discurso em um casulo


Por que eu não esqueço?
Quando parei de acreditar
que estava no caminho certo?
Em que parte do caminhar
houve o tropeço?
Entre a mente e o coração,
qual o mais esperto?
Entre o que mente e o que
vive vão, qual eu mais detesto?
Pra seguir, só há um seguimento:
Andar e sorrir até que
passe o resto.

Kadydja Albuquerque > 01.04.2009 (sem mentiras...)
Foto: Prainha / RJ