Sunday, March 29, 2009
E a vida volta ao normal...
É isso, acabaram minhas rápidas férias de uma semana. De volta à realidade. Coisa boa.
Foto: Matapuã - Sergipe.
Sou
sou braços abertos.
sou partida.
sou olhos despertos.
sou partida.
sou calma anunciada.
sou retirada.
sou encanto
entretanto,
sou retirada.
sou partida.
estou inteira.
sou retirada.
e, a minha maneira,
serei chegada.
Kadydja Albuquerque > 29.03.2009
sou partida.
sou olhos despertos.
sou partida.
sou calma anunciada.
sou retirada.
sou encanto
entretanto,
sou retirada.
sou partida.
estou inteira.
sou retirada.
e, a minha maneira,
serei chegada.
Kadydja Albuquerque > 29.03.2009
Diante da solidão
Diante da solidão toda alma treme
e todo futuro se enegrece
como se umedece o olhar
distante...
Na solidão, tem-se o preciso
instante
o momento exato de deixar de ser só
de entrelaçar corações em nó
até que este instante passe
e estes corações se despeçam
anunciando sem que lhe peçam...
a solidão.
Há quem viva a esconder-se dela
e preencher-se com o que não farta,
não completa, não afasta sua sombra.
Só anestesia, adia, o que não se
mata, o confronto consigo,
o que é preciso pra crescer.
Sábio quem a encara como uma onda
a provocar idas e vindas,
descobertas e alertas.
Sábio quem se rende à solidão,
pois com a sua sabedoria reconhece
que só lhe há um adversário:
o indomável tempo.
Kadydja Albuquerque > 29.03.2009
Thursday, March 26, 2009
A minhas amigas
Como ondas no mar,
entre vai e vens do seu ser
a moça tece o seu caminhar
cai, levanta, custa compreender
que só coragem a liberta para seguir...
Moça, é preciso se conhecer e
deixar-se definir
que a verdade não está em crer,
mas em fingir que acredita...
Entre tantas, és tão bonita
mas ensaia sorrisos e cenários
vive no seu doce imaginário
onde já não há mais boneca
apenas um conto sem garantia de fadas...
menina que só quer ser amada,
será que é só o que realmente quer?
Será que não insiste em tatear o nada?
Será que ainda não te reconhece mulher?
Kadydja Albuquerque > 27.03.2009
Escrevi pensando em todas as minhas amigas. Mulheres lindas, fortes, únicas e incompreendidas. Ainda bem.
São duas da manhã e eu tô aqui em casa, sozinha, vendo DVD e pensando em como nos perdemos. Lembrei de Elô, grande amiga-irmã, assídua deste blog, mas que nunca comenta. "Você se afastou de mim né?" A pergunta que ela mais me gosta de fazer. E a que eu menos gosto de responder.
Lembrei de Carol, minha baiana preferida, a moça das declarações após a terceira capirinha. Lembrei de Fernanda, companheira mais presente, ser humano dos olhos mais Juliana Paes que eu conheço.
Lembrei de Celiene, sempre amiga mesmo que distante, uma pessoa que me serve de referência como força e que me provoca arrepios só de lembrar da sua reviravolta. Guerreira como eu acho que tem que ser. Lembrei de Mel, também distante, mas fascinante pelo seu talento, por sua paixão pelo mundo, pelos amigos, por sua insaciável vontade de celebrar a vida.
Tantas, tantas na minha cabeça. Aí junto as minhas férias com a minha skoll quente, e me dá uma saudaaade da época da Manguaça. Mulheres que disputavam os melhores e-mails, corujas por suas liberdades conquistadas, independentes, múltiplas. Continuamos todas assim, ainda que fragmentadas. Uma homenagem a minhas amigas, a essas mulheres de sorrisos, cenários, bonecas, contos de fadas - moças de verdade.
Continuo com vocês onde eu estiver. ;-)
Just a fest?
Hoje eu tomei coragem para escrever sobre a minha experiência no Just a Fest, o evento que reuniu Radiohead, Los Hermanos e Kraftwerk em uma noite apoteótica. Na sexta peguei minhas férias e me piquei pro Rio de Janeiro para encontrar Fernanda. Cheguei no meio do dia na cidade maravilhosa e minha recepção em Laranjeiras não poderia ter sido mais autêntica. Enquanto caminhávamos pela rua arborizada da General Glicério, um rapaz abaixou o vidro do carro e latiu. Sim, simplesmente latiu. Olhamos uma para outra e, satisfeitas, sorrimos. Fomos chamadas de cachorras por um carioca marrento, e assim nos sentimos integradas.
Bem, mas o que interessa é que saímos cedo rumo a Apoteose. O metrô já foi uma experiência pitoresca. Sentido Zona Norte, final de tarde, toda a baixada fluminense voltando para casa depois de um dia de trabalho, e vocês precisavam ver os olhinhos miúdos de Fernanda admirando aquele vagão movimentadíssimo. Graças a Deus saímos intactas, pouparam-nos de dedadas ou qualquer outro contato. Felicíssimas por chegarmos na estação Praça Onze, rumamos em direção à Apoteose. Turistas, fomos seguindo o fluxo e uma fila se formava a uns 500 metros da entrada. Naturalmente, entramos nela... e ao virar a curva descobrimos que a fila dava para a entrada que não era entrada. Simplesmente um espaço antes dos portões onde as pessoas estavam aguardando a liberação da verdadeira entrada. Ou seja, fila pra enganar otário. Rimos, e abrimos os trabalhos.
E ali ficamos observando quem chegava e fazendo as comparações inevitáveis entre a noite cultural carioca e a aracajuana. Descobri que os óculos com aros coloridos, estilo anos 80, voltaram à moda. Vi passar umas 37 pessoas com eles, e usando a Teoria da Proporção Adequada, fiz uma projeção e constatei que no universo de 30 mil pessoas, pelo menos 4.213 estariam usando aqueles óculos. É gente, tava sem ter o que fazer mesmo entre uma foto e outra.
Quando abriram os portões, coincidentemente nos encontramos com três aracajuanos: os hermanos Paula e André Dantas e a querida Kaká. Uma coincidência que nos rendeu ótimas fotos e incríveis empadas no final da noite. Antes disso, nos posicionamos para assistir ao show de abertura... Los Hermanos. Fernanda teve taquicardia, Kaká estava arrepiada, Paula falava palavrões, eu gritava “Amarante te aaamo!” e André permaneceu calmo. O show foi perfeito. Cantei todas as músicas com um nó na garganta, mas quando chegou a hora de O Vento, eu desatei o nó em lágrimas.
Mas eu chorava de alegria por poder ver novamente uma banda que admiro e, ainda mais no Rio de Janeiro, cenário da minha descoberta do Los Hermanos e de suas canções que trilharam tantos momentos meus naquela época. Não cantaram Quem Sabe e nem 300 outras, mas fizeram uma boa seleção. Terminaram com A Flor e sem direito a bis. Ora, eles não eram a estrela da noite, pelo menos para os organizadores do Just a Fest, porque muita gente estava lá pra checar esse retorno.
Antes do show do Kraftwerk, encontramos mais uma galera de Aracaju: Adelaide, Clínio, Patrícia e o namorado dela. Mais fotos, mais skolls, mais risadas e continuávamos empolgados. O Kraft mandou bem, não conhecia a banda, mas o som era legal e eu passei metade do show na fila do banheiro organizando uma competição. Estipulamos 30 segundos para cada necessitada. Tínhamos mulheres de vários estados: RJ, MG, CE, SE, SP e lá vai... eu passei uns 20 segundos no banheiro, e nossa equipe Sergipe estava entre as favoritas, mas Fernanda fez o favor de demorar e saímos de lá com um quarto lugar. Fiquei tão desapontada que pensei em parar de beber, mas já tinha comprado fichas suficientes para assistir o show do Kiss na próxima semana. Então, vida que segue...
Quando começou o Radiohead eu não sabia se fechava os olhos e cantava as músicas ou se olhava pro palco. Então fui tirar fotos. As luzes eram sensacionais, as imagens no telão também e o Tom Yorke... ah, o Tom Yorke. Fiquei esperando pela 10º música (segundo setlist do show no México), mas ela virou 5ª e eu quase desmaiei na hora. No surprises, please. Vi que em São Paulo eles cantaram Fake Plastic Trees... e eu não me lembro dela. Provavelmente, não cantaram no Rio. Companheiros de show, me recordem. Mas valeu cada canção e o final pagou R$ 87 do ingresso: Creep. So fucking special...
E foi isso. Poderia ter sido um pouquinho melhor se eu tivesse me batido com o Santoro na platéia (me disseram que ele estava lá), mas “é de Deus tudo aquilo que não se pode ver”... então me conformo. Fiquei um pouco balançada quando soube que o Oasis vai se apresentar no Rio dia 07 de maio. Banda querida da minha quase pós adolescência, primeiros períodos da UFS, mas vou ficar quietinha. Espero pelo Coldplay com toda fé do mundo.
Bem, cansei, ainda tenho um restinho de férias e vou pra praia. Au revoir!
Saturday, March 14, 2009
poesia ritmada
para um reencontro, valsa
pra esquecer um amor, salsa
pra dançar com amigos, um pop
se fizer um samba, ibope
pra ficar sozinho, um jazz
pra chorar baixinho, bluegrass
se for reclamar ao mundo, um rock
pra tocar bem fundo, um folk
pra não ficar só, forró
e sacudir o corpo, carimbó
pra não se sentir morto, um frevo
tente uma bossa nova ou samba enredo
pra descansar na grama, harmônica
e viver sem drama, eletrônica
pra cada canção, um momento
bate coração, como instrumento
e manda embora a sensação
de todo e qualquer tormento
em alto volume a anunciação
de um belo e descompassado
momento
momento
momento...
Kadydja Albuquerque > 22/12/2008
Wednesday, March 11, 2009
Ah, como Rio!
Ando sem energia para escrever no meu blog. Estou com vários temas na minha cabeça, mas chego em casa e só quero derrotar no sofá. Espero que nesse final do semana eu consiga evoluir com meus pensamentos.
Mas pra não deixar meu lugarzinho no ciberespaço desatualizado, posto umas fotos que fiz nesse final de semana no Rio. Foi a primeira vez que visitei o Cristo, mesmo já tendo morado lá um tempo. É realmente impressionante e dá uma sensação diferente estar lá, aos pés de um monumento tão famoso. Coisa é a vista... :-)
Já estou com saudades... mas não faz mal, semana que vem estou lá de novo pra reencontrar essa cidade tão especial pra mim. E com certeza vou destinar um post para o show do Radiohead e Los Hermanos... bem no estilo bastidores...
Ai, cansei... fui!
Sunday, March 1, 2009
quem sou eu de novo?
sou força. sobrancelha arqueada. sorriso desconfiado. coração avermelhado por uma timidez disfarçada. sou escuro em sua versão mais clara.
sou canção em alto volume. silêncio forçado. sou guerra interna. paz anunciada. pés apontados pra frente. braços tateando o nada. olhos mirando tudo.
sou farsa. tudo me provoca. sou saudade. nada me desafia. sou amor. caminho sem final. sou frases sufocadas. conversas ensaiadas. sou o pé que chuta a barraca e deixa pra lá. e não deixa. mãe solteira dos meus momentos.
sou sono. burrice ingênua. inteligência inútil. grito. palavra. refrão. sonho. sou humana. erro. acerto. canso. danço. sou tantas e sou só uma.
e sigo... amiga do tempo. filha da fé.
se for tentar me entender, faça-o de longe. I'm in repair.
(esse mê minha TPM durou 3dias... qué isso...)
sou canção em alto volume. silêncio forçado. sou guerra interna. paz anunciada. pés apontados pra frente. braços tateando o nada. olhos mirando tudo.
sou farsa. tudo me provoca. sou saudade. nada me desafia. sou amor. caminho sem final. sou frases sufocadas. conversas ensaiadas. sou o pé que chuta a barraca e deixa pra lá. e não deixa. mãe solteira dos meus momentos.
sou sono. burrice ingênua. inteligência inútil. grito. palavra. refrão. sonho. sou humana. erro. acerto. canso. danço. sou tantas e sou só uma.
e sigo... amiga do tempo. filha da fé.
se for tentar me entender, faça-o de longe. I'm in repair.
(esse mê minha TPM durou 3dias... qué isso...)
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