Tuesday, July 21, 2009

Neruda

Digam, isso não é lindo?

Para ler ouvindo:

this foolish things -

Si Tu Me Olvidas
Pablo Neruda

Quiero que sepas una cosa.
Tu sabes como es esto: si miro la luna
de cristal, la rama roja del lento otoño
en mi ventana, si te toco junto al fuego
la implacable ceniza o el arrugado cuerpo
de la leña. Todo me lleva a ti, como si
todo lo que existe, aromas, luz, metales,
fueran de pequeños barcos que navegan
hacia las islas tuyas que me aguardan.

Ahora bien, si poco a poco dejas de
quererme, dejare de quererte poco a poco.
Si de pronto me olvidas no me busques que
ya te habre olvidado. Si consideras largo
y loco el viento de banderas que pasa por
mi vida y te decides a dejarme a la orilla
del corazon en que tengo raices, piensa que
en ese dia, a esa hora levantare los brazos
y saldran mis raices a buscar otra tierra.

Pero si cada dia cada hora sientes que
a mi estas destinada con dulzura implacable.
Si cada dia sube una flor a tus labios
a buscarme, ay amore mio, ay mia, en ti todo
ese fuego se repite, en mi nada se apaga ni
se olvida, mi amore se nutre de tua amor,
amada, y mientras vivas estara en tus
brazos sin salir de los mios.

Monday, July 20, 2009

Rápidas de hoje

Aos meus amigos, desejo meu abraço forte e sincero. Abraço esse que eu não pude dar em vocês hoje. Andam dizendo que eu estou muito "cult", mas é isso, my felas, pouco tempo pra muito trabalho. Oc, Rod, Nandeeenha, Elô, Carol, Lula, Quico, ... saudadinhas de vocês. Não me sabotem. ;-)

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Sábado fui, com meus amigos e colegas de trabalho, Lúcio e Dudu, entrevistar Dona Nadi, mestre da Cultura Sergipana, mulher de prosa extensa e risadas fáceis. Adorei conhecê-la. Adorei conhecer Visconde. Adorei mais ainda perceber que o que torna uma pessoa interessante é menos o que ela faz, e mais o que ela sente. Estou trabalhando no perfil. O segundo para o guia e o site Divirta-SE. Foto de Lúcio Telles (depois eu posto a minha tocando cuíca :-P).

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Sim, Caetano provocou surpresa ao abrir o show de ontem com "Kuduro"; cantou "Sem Cais"; abriu os braços em "Lapa"; rebolou em "Eu sou neguinha"; repetiu a versão lindíssima de "Aquele frevo-axé"; e me fez chorar de novo ao encerrar o show com "Força Estranha". Não me canso.

Vou repetir um comentário que fiz em um texto sobre o novo álbum no Overmundo: "É isso, Caetano tem cacife para experimentar, inovar, renovar, sem se preocupar em agradar. Caetano é isso. Múltiplo e surpreendente. Ontem teve o show dele aqui em Aracaju e eu fui assistir pela segunda vez (a primeira foi na estreia do Canecão).

E foi interessante porque eu já estava "preparada" para a "porrada" que é assistir ao Zii i Zie ao vivo e em muitas cores. Só não foi mais emocionante que assistir no Rio, sendo sergipana, e vendo a reação dos cariocas diante de canções como Lapa, Falso Leblon, Perdeu, e suas projeções de fundo de palco.

Parabéns a Caetano por acompanhar a dinamicidade da cultura e suas apropriações; por não se deixar rotular; por exercer tão bem o desapego à forma e dar lugar à criação livre, aberta e sem medo das críticas".


Quinta-feira tem Orquestra Sinfônica com a renomada pianista Maria João Pires no Teatro Tobias Barreto. Vale muito a pena. É isso, ando muito cultura mesmo, mas como escreveu Shakespeare: "mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões".


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E só um último comentário... o que é Cem anos de Solidão, do Gabriel García Márquez? Sim, leitura tardia, e sambando pra ler em espanhol. Mas eu não ia me perdoar se eu morresse e não lesse esse livro. Como eu não sei quando vou morrer, comecei logo. ;-)

Sunday, July 19, 2009

Quase 1

Quase sem inferno astral. Estou chegando aos meus 29 anos, deixando pra trás um ano difícil de muita faxina. Quase ano 1. Quantas reflexões, quantos momentos introspectivos, quantas apostas em coisas que não deram em nada. Quanto jogo de cintura. O meu mundo girando em várias direções e eu incapaz de dominá-lo. Agi como um barco deixando-se levar pela corretenza. Ano 9 é assim... alheio aos seus desejos. Tem vida própria, mas que no final só traz resultados positivos. Porque de tanto te calejar a alma, faz-te mais forte.

Hoje, se não fossem o meu inferno astral e a minha indignação diante de algumas coisas sem sentido ao meu redor, e que por vezes me fazem ficar triste, eu diria que sou uma pessoa mais decidida depois de um ano de montanha-russa. Hoje, me sinto livre, confiante do que eu quero em todas as áreas e quase sei como conquistá-las. Quase porque com as desventuras e aventuras, aprendi a canalizar a minha ansiedade de geniozinho forte e deslocado. Apenas uma questão de estratégia para viver melhor.

Aprendi que a maioria das pessoas é menos importante em nossa vida do que pensamos, e que o tamanho da fatia que reservamos a elas no bolo depende basicamente da nossa insaciável vontade de comer. Eu, por enquanto, ando sem cortar as fatias, mas nunca tive dúvidas do meu primeiro pedaço.

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Hoje tem Caetano Veloso com Zii i Zie aqui em Aracaju. Fui à estreia no Canecão e me emocionei diversas vezes. Espero que hoje seja igual. Dedos cruzados para que ele termine o show cantando Força Estranha. Já posso ouvir Caê cantando Sem cais ou ainda abrindo os braços ao cantar "Eis a Laaapa"... coisa boa é começar a semana assim.

Beijo para quem é de beijo. Abraço para quem é de abraço. E pra quem torce o nariz, procure ser feliz. :-P

Eu (estranhamente bem humorada em um domingo).

Sunday, July 5, 2009

Domingo Chato



É estranha essa sensação de precisar escrever e não saber o que dizer. Aqui dentro, tudo pede palavras, construções frasais que façam, que me tragam sentido. Mas a mente não me traz repertório. É um processo quase esquizofrênico de buscar o que dizer, simplesmente para aliviar essa sensação. Mas eu constato que, realmente, não tenho nada de importante para dizer neste momento. Nada.

Qualquer assunto que eu pense é bobagem. Não vale um sujeito, um verbo e um predicado. Muito menos um aposto. Que coisa chata. É isso, tudo anda chato neste momento. Deve ser meu inferno astral combinado com o final do meu ano nove, com o segundo ano do meu Retorno de Saturno e a minha TPM do mês. Essa conjunção deveria ser produtiva pra mim. Eu poderia enlouquecer de vez e ter tanta coisa a dizer. Ao contrário, não quero falar de mim. Enjoei desse exercício.

Talvez a saída seja criar histórias, personagens. Ou talvez seja não dizer mais nada e tentar terminar a pilha de livros que eu tenho aqui em casa. É isso, vou ler. Porque já tem muita gente escrevendo, construindo histórias, contando fatos.
E assim, vou esperando o 28 de julho chegar e acabar logo com essa sensação de desprezo pelo mundo.

Enquanto isso: ai, sãp.